O Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) abriu uma unidade de hospitalização domiciliária de Portimão, um serviço alternativo ao internamento convencional para doentes cuja assistência médica pode ser prestada em ambiente familiar, foi hoje anunciado.
A unidade, que numa primeira fase vai servir Portimão e Lagos, é a segunda a funcionar no Algarve, com assistência domiciliária a funcionar 24 horas por dia, apoio médico e de enfermagem em permanência, ou em prevenção, assegurados por uma equipa multidisciplinar de 15 profissionais.
O médico especialista de Medicina Interna e coordenador do projeto, Nuno Vieira, disse à Lusa que “os doentes em situação clínica transitória, elegíveis para o serviço, têm direito a todos os serviços, ou seja, à assistência médica, de enfermagem, nutricional, assistência social e todos os serviços, tudo idêntico a um ambiente hospitalar”.
Segundo aquele responsável, a vantagem da hospitalização domiciliária “é a de que o doente está no seu domicílio, num ambiente no qual se reduzem os riscos de infeção hospitalar, resultando numa recuperação melhor e mais rápida”.
O clínico realçou ainda as vantagens do modelo “em termos de segurança do tratamento, onde é definido um plano individual para cada pessoa”, bem como, para a diminuição das taxas de internamento hospitalar.
“Além dos procedimentos similares aos prestados nas unidades hospitalares, em caso de modificação da condição clínica, os doentes têm facilitado o internamento em ambiente hospitalar”, destacou.
Por seu turno, a enfermeira coordenadora da unidade, Alexandra Ferreira, indicou que os doentes “são submetidos a critérios de exclusão clínicos, avaliados pelos profissionais de saúde e, só depois, é que é decidida a sua inclusão ou não no serviço”.
“Além disso, são feitas avaliações semanais pelos profissionais ao serviço prestado”, apontou.
Numa primeira fase, a Unidade de Hospitalização Diária de Portimão terá uma lotação máxima para cinco doentes, mas os responsáveis preveem aumentar a capacidade a médio prazo.
O objetivo é, também, vir a implementar um sistema de telemonitorização para permitir uma vigilância mais direta aos doentes no domicílio.
De acordo com a presidente do Conselho de Administração do CHUA, Ana Castro, a unidade de Faro, que começou a funcionar há três anos, “já prestou assistência a internamentos domiciliários a 333 doentes”.
“A ideia é aumentar este serviço como alternativa ao internamento convencional, proporcionando, aos doentes e familiares, uma maior tranquilidade e uma recuperação na própria casa, onde têm as suas referências pessoais”, concluiu.
Lusa
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