A ACRAL manifestou junto do Governo e demais entidades envolvidas no processo de licenciamento do «Algarve Cluster Multiusos» a sua apreensão e frontal oposição à inclusão no projeto de uma componente destinada ao comércio.
“O centro comercial do IKEA vai ter 220 lojas; na mesma área de influência já existem dois outros centros comerciais e várias médias superfícies, todas elas com uma componente comercial: juntar a tudo isto mais um empreendimento, também ele com uma componente de comércio, é claramente um erro”, argumentou o presidente da ACRAL.
Para Álvaro Viegas, “um parque temático ligado ao turismo náutico é positivo; a criação de um centro de congressos é bem-vinda; projetos ligados à saúde e ao turismo de bem-estar são de salutar, mas a vertente do comércio tem a nossa clara discordância”.
“A situação comercial existente atualmente no Algarve já é desequilibrada: um novo centro comercial de grandes dimensões seria incomportável”, considera o dirigente associativo, recordando o impacto das grandes superfícies nos centros urbanos – “desertificação, degradação urbanística, perda de dinâmica social e cultural e a desvalorização da própria cidade enquanto polo de atração turística e de investimento”, conclui.
O «Algarve Cluster Multiusos» é um projeto previsto para um terreno com perto de 60 hectares, contíguo à antiga fábrica da cerveja Marina e junto ao nó da A22 com a EN 396 (Quarteira-Loulé)
No despacho conjunto do secretário de Estado da Indústria e das secretarias de Estado do Turismo e do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, publicado em Diário da República a 17 de Maio de 2016, o «Algarve Cluster Multiusos» é descrito como um «espaço destinado a atividade comercial e de serviços», um «centro de inovação empresarial» e um «parque temático».
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